Em tom eleitoral, Bolsonaro ataca Lula para defender armamento civil


 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao defender na tarde desta quarta-feira (30) o armamento da população durante um evento em Baixa Grande do Ribeiro, no Piauí.

"Não podemos admitir que apenas bandidos tenham armas no nosso país, em especial bandidos que gostam de roubar celular de mulher, defendidos pelo bandido maior que não tem um dedo na mão", disse Bolsonaro, em referência a Lula.

Durante o evento, o presidente usou parte do discurso para atacar o adversário petista e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Na corrida eleitoral à Presidência da República, em pesquisa divulgada nesta quarta-feira, pelo PoderData, Lula aparece em primeiro, com 41%. Já Bolsonaro soma 32%.

"Quando se fala em corrupção é bom visitar apenas um número: a Petrobras, durante a gestão vermelha que tivemos entre 2003 e 2015, foi endividada em R$ 900 bilhões. Isso em virtude de desvios, de roubo, de obras começadas e não acabadas. R$ 900 bilhões dão para fazer aproximadamente 70 transposições do Rio São Francisco. Olha o tamanho do roubo que tínhamos no Brasil", declarou Bolsonaro sobre os governos Lula e Dilma.

BOLSONARO VOLTA A ATACAR SISTEMA ELEITORAL

O presidente Jair Bolsonaro repetiu no Piauí o que falou mais cedo no Rio Grande do Norte sobre a contagem dos votos nas urnas eletrônicas.

"Em Brasília, poucas pessoas podem muito, mas nenhuma pode tudo. Teremos, sim, eleições limpas, não podemos deixar que três ou duas pessoas decidam como vão ser essas eleições. A contagem do voto faz parte da alma da democracia", afirmou.

Com a urna eletrônica, a contagem dos votos é feita automaticamente pelo próprio equipamento logo após o encerramento da votação. Depois, os resultados são transmitidos por meio de uma rede privada para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), onde são somados por um supercomputador. Cada urna também emite boletins com o resultado da votação naquele equipamento específico, e este documento pode ser confrontado com a soma feita pelo TSE.

As urnas eletrônicas são auditáveis e este procedimento é feito durante a votação. O processo é chamado Auditoria de Funcionamento das Urnas Eletrônicas (ou "votação paralela").

Na véspera da votação, juízes eleitorais de cada TRE (Tribunal Regional Eleitoral) fazem sorteios de urnas já instaladas nos locais de votação para serem retiradas e participarem da auditoria.

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