Doria evitou ainda dizer se as decisões de Sergio Moro (União) em relação ao petista foram corretas ou equivocadas, ressaltando gostar do ex-juiz e ter respeito por ele.
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, João Doria, defendeu que haja diálogo com o ex-presidente Lula (PT) em nome da preservação da democracia e da derrota de Jair Bolsonaro (PL).
Doria evitou ainda dizer se as decisões de Sergio Moro (União) em relação ao petista foram corretas ou equivocadas, ressaltando gostar do ex-juiz e ter respeito por ele.
O ex-governador de São Paulo participou de sabatina realizada por Folha de S.Paulo e UOL nesta quinta-feira (28). A entrevista foi conduzida pela apresentadora Fabíola Cidral, pelo colunista do UOL Josias de Souza e pela jornalista da Folha de S. Paulo Catia Seabra.
"Não há razão para não manter o diálogo com Lula, com o PT, com partidos à esquerda e partidos à direita", disse Doria, salientando que a democracia pressupõe diálogo.
"Tenho posições muito distintas em relação ao PT, mas isso não impede de manter uma relação respeitosa", disse Doria. "Só nos regimes autoritários é que não há diálogo", completou.
Doria, no entanto, rejeitou a ideia de um apoio a Lula já no primeiro turno. Em relação ao segundo turno, o pré-candidato afirmou que o PSDB estará na segunda etapa da disputa. "Sou otimista e determinado", emendou.
Questionado sobre a mudança de postura, já que sempre criticou Lula e o PT de forma dura, Doria respondeu que "o Brasil está farto de guerra e conflito".
Doria também afirmou que não daria seu voto a Bolsonaro novamente.
Ele disse ainda que tem respeito e nunca cessou o diálogo com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), que foi seu padrinho político no PSDB, mas deixou o partido após desentendimento com o ex-governador.
Doria minimizou os problemas da sua pré-candidatura, como a rejeição de eleitores e a dificuldade de composição da terceira via -formada por PSDB, Cidadania, MDB e União Brasil.
Os partidos acertaram o lançamento de uma candidatura única até 18 de maio, mas a União Brasil já admite se retirar das conversas. Na sabatina, Doria afirmou que "a tendência da União Brasil é caminhar sozinha" e que isso será respeitado.
Além de Doria, outras opções de presidenciáveis da terceira via são Simone Tebet (MDB) e Luciano Bivar (União).
Questionado sobre admitir a opção de ser candidato a vice na chapa da terceira via, Doria respondeu que não exclui nenhuma possibilidade. O tucano disse ainda que isso não era uma crítica a Tebet, que afirmou em sua sabatina que não toparia a cadeira de vice.
*
RAIO-X
JOÃO DORIA, 64
Empresário, jornalista e publicitário, foi secretário de Turismo da cidade de São Paulo (1983-86, gestão Mario Covas) e presidente da Embratur (1986-88). Tucano desde 2001, concorreu e venceu em primeiro turno a eleição para prefeito paulistano em 2016, deixando o cargo em 2018 para disputar e vencer o Governo de São Paulo
CONFIRA AS DATAS DAS SABATINAS E DOS DEBATES
Sabatinas presidenciais
2º turno - de 10 a 14/10
Debates presidenciais
1º turno - 22/9, às 10h
2º turno - 13/10, às 10h
Debate com candidatos à Vice-Presidência
1º turno - 29/9, às 10h
Debate com candidatos ao Senado
1º turno - 27/9, às 10h
Sabatinas com candidatos ao Governo de SP
1º turno - de 2 a 6/5
2º turno - de 17 a 21/10
Sabatinas confirmadas em SP
Márcio França (PSB) - 2/5 - 10h
Felício Ramuth (PSD) - 2/5 - 16h
Abraham Weintraub (PMB) - 3/5 - 10h
Elvis Cezar (PDT) - 3/5 - 16h
Rodrigo Garcia (PSDB) - 4/5 - 10h
Vinicius Poit (Novo) - 4/5 - 16h
Altino Junior (PSTU) - 5/5 - 10h
Tarcísio de Freitas (Republicanos) - 6/5 - 10h
Fernando Haddad (PT) - 6/5 - 16h
Demais sabatinas
Semana de 9/5 - MG
Semana de 16/5 - RJ
Semana de 23/5 - BA
Semana de 30/5 - PR
Semana de 06/6 - RS
Semana de 13/6 - PE
Semana de 20/6 - CE
Debates com candidatos ao Governo de SP
1º turno - 19/9, às 10h
2º turno - 20/10, às 10h
Comentários
Postar um comentário